Ofício de Poeta

Será ele quem penas escreve
Ou será quem faz com as palavras o que ninquém mais consegue?
Poeta e um ser inquieto
tenta com rimas e palavras achar,
talvez não do jeito certo
respostas pra tudo que há.
Não precisa ser formado
ou em grandes escolas estudar
se o dom e ti é dado
oculto não ficará.
Ser quem escreve e não sai,
ser quem não dorme para escrever,
para muitos é estranho por demais,
mas diferente não haveria de ser.
Representar o triste com beleza
o sofrido com encanto,
requer sobre tudo sutileza
e a paz de um recanto.
Se, contudo, ainda for triste
o poeta faz rima com a dor
e ela aos poucos desiste
ou vira inspiração deste triste rimador.
Ofício não aprendido,
o poeta é da vida cantador.
Canta a vida e a morte,
O azar ou a sorte,
A indiferença ou o amor.
É pessoa de grande valia
que anuncia,
coisas ou sentimentos humanos,
porém sua poesia
está sujeita à enganos,
Mas ele tenta se superar,
Não com palavras vazias
só pra rimar.
Ele segue, pois, uma meta
no ofício de poeta
segredos da vida desvendar.