Vejo rostos fechados
de pessoas fechadas
em mundos fechados.
Esses são tristes.
Vejo um abraço apertado
um nobre afago
saudade de existe.
Vejo uma grande tristeza
a mãe natureza com grande frieza
se acabar.
Vejo meninas sem consciência
na adolescência
perdendo e decência
querendo do botão desabrochar.
Vejo o medo crescer
do assalto correr?
Da vida fugir?
Até onde viver?
Onde vamos chegar?
Vejo TV digital
a crise global
etc e tal
e já é normal
sem perceber
a vida assim.
Vejo pessoas caladas
nas madrugadas
usando amarradas
palavras rimadas
e então escrever.
Ora, eu falo de mim
que caí nesse jogo
um lago de fogo
e não me queimei.
Entregue aos encatos de belas palavras
De minha'lma saem cantos
e de meu corpo saem larvas.
Vejo gente de todos os tipos
até esquisitos
sem para a alma abrigo
e para o espírito casa.
Vejo o espanto e não fico espantada.
Acho que vejo tanto que é melhor não ver mais nada.
sexta-feira, 16 de abril de 2010
Eu vejo
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