a beleza eu desconhecia
a tristeza metamórfica
brilhante reluzia...
Acordei desnorteada,
só um sentimento me movia
palavras entrecortadas
eram comigo covardia.
Sufocada entendi
logo viria o amanhecer
era meu "eu" a pedir:
Ponha-se a escrever!
Obediente não teimei
a inspiração se fez presente
não era eu quem escrevia
era a tristeza reluzente...
O sofrimento não era meu
mas eu me transfigurava
vivi amores impossíveis e
histórias variadas
fui princesa e plebéia
nas dimensões da minha casa.
Logo o sol despontou no horizonte
minha labuta via o fim se aproximar...
Há quem na vida não encontre
boa razão para despertar
mas eu naquele dia senti
que das noite que dormi
nada pude aproveitar...
Foi assim que percebi
sem querer acreditar:
O nascimento de um poeta,
na madrugada se dá.
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